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Mensagens - RJB

#1
Citação de: Kaizen em 01 de Abril de 2012, 18:09
A propósito do tópico Rali de Portugal Histórico 2011 abordou-se com especial atenção o Datsun 510 na versão 1800 SSS.

A dupla de pilotos animaram o WRC de 2012 com este magnifico carro. A dupla Rui Bevilacqua (RJBA) e Manual Romão de Sousa (MRS) fizeram um vídeo da Super Especial e deram-nos a oportunidade de ver o carro (por dentro) em acção.  :thumbsup


Vídeo: Datsun 1800 SSS na SS1 do WRC Portugal 2012


Bom dia,
Obrigado pelos vossos comentários, finalmente consegui registar imagens, após variadíssimos insucessos agora ultrapassados com uma nova máquina GoPro.
São sempre imagens para mais tarde recordar e esta, em especial, por ter tido o prazer da companhia do meu amigo Manuel Romão de Sousa, a quem a marca muito deve.
Agora que já consigo filmar, irei fazer o mesmo no Rali de Portugal Histórico, e tentar não falhar a magnífica noite de Sintra.

Abraço,
Rui Bevilacqua
#2
Garagem / Re: Datsun 1600 SSS Super Sport Sedan
06 de Dezembro de 2011, 12:04
[quote author=Miguel
Em relação aos de fibra ao que tu vais pagar para vir de fora(states) + portes e impostos de alfandega, mais vale mandar fazer cá os de fibra...eu tenho 2 guarda-lamas de fibra novos que me custaram 75€ cada... e vou mandar fazer um capot também em que me deram um orçamento de 150€...[/quote]

Miguel, este orçamento de 150€ para capot em fibra para SSS, pode dar o contacto? Estou interessado.
Obrigado.
Rui
#3
Citação de: s 800 em 13 de Novembro de 2011, 15:59
"olha aqui um carrito parado, vou fazer o RPH com ele !"
Porquê, quando e como aparece o SSS ?

Pois não esteve longe da verdade...
A história é simples. Quando do 1º Rali de Portugal Histórico e me avisarem que ia acontecer, fiquei entusiasmadíssimo e triste, porque não tinha nenhum carro para este tipo de provas.
Mas, desde o seu aparecimento, fui um fã dos Hilman Imp, com o seu motor em aluminio baseado no famoso Coventry Climax e proporcionou-se descobrir um exemplar muito bom e prepará-lo para esta prova.
Infelizmente esta mecânica exige um conhecimento muito especial, e, ao contrário de muitos outros clássicos, os especialistas nunca re-fabricaram componentes, pelo que cabeças, blocos, etc, continuam a ter 40 anos.
Após o 1º RPH em que não durou mais do que o 1º dia, a poucas horas da partida do 2º voltei a ter um problema gravíssimo, quando me disseram para levar um SSS que estava, de facto, imobilizado há algum tempo e pneus vazios. Não hesitei e calçei-o com os pneus do Imp.
E assim me estreei num SSS, que estava com a junta da cabeça queimada, mas com o qual cheguei ao fim, apesar de levar mais áqua que gasolina e ter andado a recolher as pastilhas de travões deitadas fora quando os outros SSS colocavam novas, porque nem tinha tido tempo para levar qualquer material extra.
Fiquei rendido!!
No ano seguinte, e após 11 meses de mais investimento e trabalho, voltei a fazer apenas algumas horas com o Imp. No regresso, ofereci o Imp e o muito material em troca deste SSS "quase abandonado", para surpresa do seu dono e amigo, mas nessa noite já dormi descansado.
Depois foi uma reconstrução do carro, com pintura replicando o vencedor do Safari, e gradualmente ir alterando o carro ao meu gosto, mas agora valendo a pena o investimento, porque já consigo fazer o RPH por inteiro!
Abraço,
Rui

#4
Um grande obrigado pela excelente reportagem fotográfica.
Quanto ao pedido para "em suaves prestações" contar a prova, tenho todo o gosto nisso, mas uma vez que o Adelino Dinis me pediu para o fazer para a revista Motor Clássico (próximo nº), tenho receio de, mesmo insconscientemente, me repetir o que seria pouco ético.
Apenas repito que esta é a única prova que faço questão de repetir, porque, para além de funcionar como o meu elixir da juventude, onde me sinto verdadeiramente jovem, fazendo esquecer o cota de 61 anitos (e o tal campeonato foi 1979... ontém!), gosto de andar depressa a revisitar os velhos e conhecidos troços dos Vinho do Porto e Voltas a Portugal (apenas de nome a maioria, porque tudo está diferente), e nenhum outro rali o permite.
Neste rali, tudo correu sem qualquer problema, o carro é um Datsun... o que é muito gratificante. Apenas no troço de Arouca, o maior com 39 kms, fiquei súbitamente sem travões, por o óleo ter saído devido a aquecimento, o que calculam não dá muito geito, mas após visitar a assistência e retomar o rali saltando três troços, com a enorme penalização, pude terminar a prova apesar de ter perdido uma classificação que estava a exceder as minhas expectativas perante todos os experts com larga experiência do conceito de regularidade.
Aconselho fortemente que sigam a próxima edição, mas nos troços, devem procurar zonas de médias difìcilmente cumpríveis, porque em zonas rápidas será frustrante ver passar em velocidade lenta, mas também não poderei ajudar com sugestões, pois o percurso é secreto, mas pelas fotos juntas, têm boas companhias para ir aos sítios certos. E a imperdível noite de Sintra, com a moldura humana dos velhos TAP e Vinho do Porto.
Abraço,
Rui
#5
Citação de: Rui Meireles em 10 de Novembro de 2011, 16:11
Estou a compreender, obrigado. De facto não era algo que associasse a um rali de regularidade.

Mas estas provas não são feitas em estrada pública aberta? Se assim for parece-me haver um sério problema de segurança latente.

Rui, essa questão é pertinente, mas a segurança dos carros é francamente superior e, publicamente a estrada é aberta, mas a excelente relação desta organização (a mesmo que faz o rali de Portugal do Campeonato do Mundo) com as autoridades, leva a que tudo seja feito com segurança de estrada fechada, e havendo forças policiais em todos os cruzamentos, assim como um profissional acompanhamento de meios médicos sempre disponíveis.
Como concorrente, a segurança é inquestionável.
#6
Antes do mais, muito obrigado pelas fotos.
O andamento aqui exigido é, muitas vezes, ao nível de um rali "normal" com zonas muito dificilmente cumpríveis, e é exactamente isso que me atrai a estar aqui presente, neste rali de regularidade referido internacionalmente como "muito sport", e daí a forte presença de habitués das grandes provas como as Boucles de Spa, Monte Carlo, Córsega e outros.
Por isso a preparação de muitos destes carros é exactamente a mesma dos ralis tipo sprint ou de troços cronometrados, e explica o pormenor do travão de mão hidráulico, que também tenho mas não utilizo por não estar afinado, e muitas vezes perde-se mais tempo do que fazer certinho.
Quanto aos emblemas 1800SSS, tenho-os porque os descobri à venda no Japão, e como pretendo replicar os célebres 2000Proto que o Entreposto fez correr, e o do Van bergen era um 1800SSS (tal como também utilizado pelo Tony Fall), apesar de em Portugal aparecerem sempre 1600SSS por razões comerciais, decidi também usá-los e inscrever-me como tal.
Já agora, e porque aqui apareceu uma foto do meu motor, gostava de o explicar.
Atè 1977, a FIA em grupo 5 (onde também estavam os tais 2000 Proto usando o motor U20, os Citroen DS e SM cortados, etc), dava total liberdade às cabeças e assim aparecendo as célebres e mui raras OS Ginken e as dos LZ da Nissan, hoje existindo muito poucas e valendo fortunas. O mesmo foi aproveitado pela Ford para as Twim Cam e posteriores BDA e BDG dos Escorts, só que a Ford tinha à frente do Dept de Competição um senhor chamado Stuart Turner, que, além de dar carta branca à criatividade dos seus engenheiros, também lia regulamentos e ia homologando as várias evoluções, ao contrário dos nossos amigos japoneses a milhares de kms e a não ligarem a isso!
Os raros exemplares destas cabeças 2 árvores de cames e 16 válvulas, ainda correm na Austrália e Nova Zelândia, mas pela raridade, solicitaram à comissão de clássicos da FIA para autorizarem um motor de substituição, afim de pouparem estes, e assim foi autorizado o também raro FJ20, tal como na Europa, por exemplo, é autorizado os Fiat Abarth utilizarem a base Autobianchi Abarth A-112 para poupar os originais.
Com esta informação, fui à procura dum e encontrei no Japão, numa sucata e gripadíssimo, mas após muitos meses e pesquisas fui encontrando as necessárias peças para o reconstruir.
É este o que tenho e espero que dure muito, porque já não há peças.
Espero ter esclarecido.
Abraço
#7
Amanhã, sábado 30 às 16:28, a RTP2 vai apresentar um filme de 25´sobre o Rally de Portugal Histórico, segundo informação recebida da organização.
#8
Obrigado Fernando pelas tuas palavras, e pelos teus carros sempre impecáveis.
Felizmente que este nosso "vício" nos vai mantendo activos.
Grande abraço,
Rui
#9
Citação de: nunoturbo em 25 de Janeiro de 2009, 21:02
E fotos do "novo" SSS?
Olá Nuno,
Apesar de já ter utilizado este carro no Rallye de Portugal 2007, na altura emprestado à última da hora, por impossibilidade de participar com o carro com que me tinha inscrito, fiquei muito agradàvelmente surpreendido pelo seu comportamento e resistência, apesar de alguns problemas inerentes a uma longa imobilização, consumindo mais água do que gasolina e sem travões a partir do 2º dia.
Mas a experiência valeu porque descobri um carro fantástico, ainda que a precisar agora de muito trabalho.
Começei por uma pintura, tentando recriar a versão vencedora do Safari 1970, apenas com abas à frente, e agora iremos tratar da alma!
Junto o antes e depois.
Um abraço,
Rui
#10
Olá a todos,



O meu nome é Rui Bevilacqua, tenho 58 anos e moro em Lisboa.

Aos 19 participei no meu 1º rally e atè hoje tenho sempre mantido uma actividade regular, quase sem interrupção, apesar de actualmente apenas fazer questão em participar no Rally de Portugal Histórico, porque é bom recordar os locais e as pessoas ligados às primeiras edições que este novo evento pretende homenagear.

Fiz um pouco de tudo no automobilismo, inicialmente como piloto, depois navegador e de novo piloto, últimamente presente nas competições de clássicos, com variados carros, desde um Austin Healey Sebring atè ao fantástico Lotus Elan 26R, com muitos outros de permeio, e também coleccionador.

No entanto, só agora possuo um japonês, um Datsun 1600SSS, sendo o grande responsável o meu amigo Manuel Romão, e esta também a razão da minha adesão ao AJA, do qual já era regular visitante.



Um abraço,

Rui Bevilacqua