Equilibrio dinamico

Iniciado por Woody PT, 31 de Março de 2004, 22:25

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Woody PT

Alguém sabe onde e em que especialidade se pode fazer o equilibrio dinamico de um veio de transmissão?


O meu, além da idade que tem, vai levar cardans novos e ser pintado ou revestido (também aceito sugestões), de maneira que gostava de o equilibrar, para melhorar o rendimento, evitar vibrações e experiencias desagradaveis.


nunoturbo

Normalmente em termos de preparação para competição, o que costumavamos fazer era enviar os veios de transmissão para um (bom) torneiro mecânico, para que este o equilibrasse.

Quanto a pinturas ou revestimentos, aconselho vivamente a pintura, porque é a mais leve e fina proteção que poderás dar ao veio, e a que menos te desiquilibrará o mesmo.

Aconselho-te ainda a meteres os cardans antes de mandares equilibrar o veio.

Além do equilíbrio é muito importante que te certifiques que o mesmo não tem empenos!

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ROGER MORGAN

Bem, sei que na construção naval se faz o ED às linhas de veios com hélice, pois são em geral muito compridas.

Se existe empeno ou não uniformidade de massas, como resultado aparecam as vibrações torsionais que pode levar à roptura/colapso do veio e das suas chumaceiras.

Os estaleiros navais fazem esse trabalho, mas isso sair-te-á excessivamente caro.

No ramo automóvel não sei se há alguma empresa que tenha meios para o fazer, mas posso dar uma pista a tentar que é a JOCA em Prior Velho.

Há suspeitas de empeno no veio ou do alinhamento do veio?

Normalmente os veios são já fornecidos com equilibrio estático e não trazem problema quando montados.

Qual é o teu problema concretamente? Não seria mais barato fazer um veio novo se tens suspeitas?

O empeno do veio pode ser medido num torno com uma distância entre pontos apropriada.  


nunoturbo

Quote:
Não seria mais barato fazer um veio novo se tens suspeitas?


Roger, creio que ficaria excessivamente caro!


Quanto a locais onde possas fazer isso, existem uma série de torneiros a trabalhar bem na zona do Grande Porto, no entanto, estou em crer que costuma andar invisivelmente por aqui um membro que é proprietário (ou sócio) de uma casa dessa especialidade.

Fala com o RViper que ele dá-te mais pormenores em concreto.

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ROGER MORGAN

Os torneiros normalmente fazem é mais um equilíbrio estático e não um verdadeiro equilíbio dinâmico, por falta de meios e de aparelhos de medida - é um mais ou menos.

É preciso ter muita atenção às rotações a que o veio propulsor irá rodar (RPM) quando instalado no seu local de funcionamento.

Claro que o custo de tornear um veio propulsor está dependente da sua configuração, se tem estrias etc, mas é sempre possível e não é difícil.

Claro que esta hipótese só se coloca quando é, de todo em todo, impossível adquirir um novo ou usado mas que dê garantias de estar bom.

O desempeno de um veio também é possível, por calor aqui, pancada ali etc. mas eu sinceramente desconfio sempre disso, por uma mera cautela.

Digamos de passagem que nunca tive esse problema entre mãos - felizmente.


nunoturbo

Outra opção que julgo que se coloca nesta questão do Woddy, e pressupondo que o carro em causa seja o AE86, existem á venda veios de transmissão aligeirados e equilibrados. Lógicamente que será uma questão de €€€€ !!!

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Woody PT

Isso já seria mais que a encomenda.
Tal como prefiro um revestimento plastico á tinta, uma vez que esta nao deve resistir muito tempo ás pedradas e eu dou uma certa prioridade á estetica.

Mais duzentas ou trezentas gramas não me incomodam de todo já que não pretendo competir com ele (disfrutar de uma condução desportiva sim, mas sozinho, sem procurar vitórias).


É realmente para o AE86. E lembrei-me disto porque ando a sentir uma folga exagerada na transmissão.
Imagino que sejam cardans e, ao substitui-los, acho que não perderia nada em equilibrar o veio (ele traz um rectangulo de chapa ou ferro agarrado - imagino que seja o resultado do equilibrio de fábrica).


Isto porque gosto de andar rápido e imagino as consequencias de um veio de transmissão a partir a 80 ou 90 (se pudesse punha uma correntezinha como nos camiões).
Será pelo mesmo motivo que me leva a não me convencer a usar os tubos de travão em teflon com malha de aço, o Factor C http://www.ezboard.com/images/emoticons/wink.gif ALT=";)">

Além de gostar de, quando mexo nas coisas, deixar tudo a 110%.

Edited by: http://pub75.ezboard.com/bamigosdosjaponesesantigos.showUserPublicProfile?gid=woodypt>Woody PT at: 2/4/04 21:46

ROGER MORGAN

O processo de plastificação consiste no decapar totalmente a peça, que depois é mergulhada numa tina com "bolinhas" de pvc, as quais por aquecimento agarram à peça e fazem a plastificação.

Este processo, não garante de forma alguma, a uniformidade da espessura da película do revestimento, donde não se tratam das 200 gramas adicionais, mas sim da falta de uniformidade da distribuição desse peso ao longo do veio.

Massas excêntricas, por mais pequenas que sejam, a 4.000 ou 6.000 rpm é obra, podem crer.

Por mim opto, sem qualquer margem para dúvidas, por uma boa pintura, com uma película de poucos microns de espessura.

Por outro lado a protecção por plastificação não é assim tão eficiente como se pode pensar à partida, quer em relação aos toques de pedras, quer no que concerne ao esconder a detrioração do veio - quando derem por isso o revestimento (plastificação) já sai às camadas (tipo casca de banana).
http://www.deephousepage.com/smilies/thumb.gif ALT=":[fixe]">  


Woody PT

Pois... Também era essa a minha dúvida http://www.ezboard.com/images/emoticons/frown.gif ALT=":(">

E a pintura, a ser correcta deveria ser por electro-deposição.
Isto porque a calibragem teria que ser feita obrigatoriamente antes da pintura (por levar pesos colados), mas nesse caso a pintura irá alterar o equilibrio.

Talvez galvanização?


O que me sugerem?
Procuro equilibrio para rentabilizar a dinamica mas sem descurar a protecção ao tempo e a estética.


ROGER MORGAN

Galvanização é por imersão ou por projecção?

Em qualquer do processos tens sempre uma falta de garantia da uniformidade na espessura do revestimento superficial.

Por outro lado a galvanização é um revestimento mais espesso que a pintura.

Por mim optava seguramante por uma boa pintura no veio e cardans, depois do conjunto todo calibrado. http://www.deephousepage.com/smilies/scratchchin.gif ALT=":pensador]">

Estamos a falar numa espessura de microns que pode não estar 100% uniforme. http://www.deephousepage.com/smilies/gap.gif ALT=":[upss]">

Diz-me qual a potência adicional que achas que vás obter com esses pormenores e achas que vais notar o motor mais redondo? Duvido mesmo muito.

Já sabes o custo desses trabalhos e da logística necessária (deslocações, tempos etc.) versus os resultados finais que esperas vir a obter (se obtiveres)?

É a análise custo-benefício e destes só o primeiro é que é bastante certo.
http://www.deephousepage.com/smilies/thumb.gif ALT=":[fixe]">  


Woody PT

Repara que eu não espero ganhar potencia nem nada que se pareça (nem procuro isso). Apenas reduzir o stress na caixa e diferencial ao minimizar as vibrações.

Por outro lado (pode ser pancada minha), reduzir as probabilidades de partir o veio (muito pouco provavel) ou um cardan em andamento.
É um cenario que me aterroriza, e é essa a principal razão, no final de contas.


O revestimento será mesmo para protecção e por vaidade.


ROGER MORGAN

Bem não sei se aqui há lugar para AJA's vaidosos ......http://www.deephousepage.com/smilies/scratchchin.gif ALT=":pensador]">

Quanto á ruptura do veio ou dos cardans, o projectista calculou e dimensionou o conjunto de acordo com os esforços a que estarão sujeitos numa utilização normal, acrescido de um coeficiente de segurança.

Os japoneses não serão diferentes dos demais.

Pelo menos temos de partir desse princípio, caso contrário teriamos antes de andar de carro, de avião, de comboio, de navio, calcular sempre tudo para ver se estava tudo certinho e mais que uma vez não fosse o http://www.deephousepage.com/smilies/devil10.gif ALT=":[devil]">  tecer.

Também não se poderia sair à rua sem calcular os edifícios, o pavimento, os esforços das condutas de água, esgotos, a rede eléctrica etc etc.

Pronto agora está mesmo lançado o terror e neste caso não foi o tal BINhttp://www.deephousepage.com/smilies/gap.gif ALT=":[upss]">  o do turbante e das barbas.

Óh pá se queres ser vaidoso faz favor, mas essa do "stress" não passa, pelo menos o da caixa e do diferencial (o outro não sei...), senão de uma desculpa em que tentas justificar-te a ti próprio......

Eu depois eu é que sou radical e purista....http://www.ezboard.com/images/emoticons/laugh.gif ALT=":lol">

Esta é a minha opinião.http://www.deephousepage.com/smilies/thumb.gif ALT=":[fixe]">  


nunoturbo

Roger, eu compreendo o "stress" a que o Woody se refere. É que o veio depois de equilibrado e com cardans novos, fica sem vibrações nenhumas, e provavelmente o que ele sente no AE neste momento é uma vibração, também ela devida em grande parte á folga dos cardans (que ele substituirá em breve), mas pode não ser só isso...


Quanto ai vaidade que poderás acrescentar ao teu AE... já pensaste em polir o veio?http://www.deephousepage.com/smilies/scratchchin.gif ALT=":pensador]">



 

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ROGER MORGAN

Quando existe folga ouvimos cantar quando há alteração de rpm no sistema propulsor.

Desculpem a minha ignorância o AE é RWD ou FWD?


nunoturbo

RWD por excelência!


Depois dessa tua pergunta não sei se os fans fervorosos dos AE's não te vão "crucifixar"....

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