Pois bem pintura é um revestimento da chaparia por aplicação de tinta.
Como uma cromagem ela deve respeitar uma boa base de trabalho, ou seja a função anterior, a de bate-cahape é bastante importante para um bom trabalho.
Aqui começa o problema, pois como existem betumes e fronteiras de funções o bate-chapas pode puxar culpas para o pintor e vice versa.
Uma desempenagem para pintura, consiste em alinhar com filmes de betume de enchimento os vincos e formas das carroçarias , disfarçar as soldaduras realizadas através dos betumes de enchimento, mas isso é muito diferente de ter betumes com espessuras de milímetros para disfarçar mazelas mal resolvidas anteriormente ou falta de uma boa base de chapa.
Se a chapa não está certa nos paineis não existe trabalho de pintor que possa resistir ao mau trabalho final do conjunto.
A estufa que se falou minimuza a existência de micro particulas que devido ao seu pouco peso (pó ou outras particulas) flutuam na turbulência provocada pela exaustão do interior da estufa e quando tocam na pintura em aplicação (molhada) ficam logo agarradas ao filme que é o revestimento ou no seu interior. Isso constitui normalmente um foco futuro de corrosão.
Os abatimentos normalmente resultam da incompatibilidade de produtos ou desrespeito pelos tempos de cura (secagem) dos produtos aplicados. De notar que se a espessura dos betumes é muita pode a camada exterior estar seca e a interior não. Quando esta seca o material puxa e lá temos os abatimentos.
A casca de laranja resulta de más pistolagens em que se não regulou ou limpou bem o bico da pistola ou não se respeitou a distância de pistolagem nessa zona, assim como as escorrências resultam de uma má pistolagem e excessos de tinta em zonas da carroçaria.
Num restauro de qualidade há duas funções muito importantes que contribuem para o seu resultado final e que são o bate-chapas e a pintura e elas teêm de conviver as duas em simultâneo, sem uma delas não há um trabalho final aceitável.