Para quem não sabe, ou não está habituada a este tipo de trânsito infernal, por vezes é preciso conduzir de “faca nos dentes” para entrar nas rotundas ou nos cruzamentos mais concorridos. Com o PRIUS nada disto foi preciso, todos os condutores se transformaram em “gente amigável” e cediam passagem ao passo que o PRIUS ía “rasgando” asfalto a caminho de “casa” (infelizmente não a dele, mas a minha), certamente que não era só o Espírito Natalício a vir ao de cima.
Para o jantar estava marcado um reencontro de amigos emigrante e imigrantes, que dada a época natalícia vinham visitar as famílias. Ao verem uma nova “bomba” estacionada á porta de casa, e sabendo das minhas loucuras automobilísticas, cedo fui desmascarado e “violentamente” (ameaçaram retirar-me a Coca-Cola…) coagido a levá-los a dar uma voltinha depois da janta.
Assim foi, depois do jantar, e durante o qual o PRIUS monopolizou um tudo ou nada as conversas, cerca de 2/3, e mesmo antes do café, lá fomos enfrentar mais um noite enregelada, no conforto amigo que o PRIUS proporciona. Fizemos uns 10 km e voltamos á base, é certo que se os meus penduras tivessem disponibilidade financeira, aquele era o momento ideal para eles assinarem o Contra de Compra de um PRIUS, sem hesitar.
Passada a noite, e com a manhã a surgir solarenga e extremamente “sorridente”, foi altura de fazer o primeiro “ensaio fotográfico”. Algumas das fotos ficaram excelentes.
A viagem que motivou este test-drive foi entre a Cidade do Porto e a Cidade de Vigo (Espanha). Desde o início da viagem que nos apercebemos que causávamos admiração e curiosidade em muitos dos automobilistas que passávamos ou que passavam por nós.
O PRIUS é de facto um carro diferente, esteticamente arrojado e visualmente agradável e cativador.
A “vida” a bordo é apreciável, tanto pela boa posição de condução, como pelo conforto que os bancos proporcionam. Tudo isto aliado a um generoso pára brisas e a um tablier grande mas não cansativo, faz-nos sentir quase como espectadores de um filme que nós próprios vamos criando com o passar de cada metro.
Como é lógico, é indissociável deste “filme”, os seus principais “actores”, neste caso com direito a nomeação para um Óscar a caixa de velocidades, o motor e o computador de bordo, cada um na sua própria categoria.
A A3 foi o itinerário escolhido para fazer a ligação entre as duas cidade referidas, por ser a forma mais rápida, mais segura e que mais variedade de “acidentes” geográficos proporciona, permitindo assim testar o carro nas mais diversas situações.
Dada a minha especial curiosidade no factor “consumo aos 100”, optei por escolher, no vastíssimo leque de opções que o bem dimensionado LCD do computador de bordo proporciona, a opção que nos mostra que motor é que o carro está a utilizar, bem como o consumo instantâneo.
Foi uma viagem de cerca de 150 km que passou num instante, tanto pelas novidades que ía descobrindo com as explorações que fazia da máquina no seu todo, como pela excelente insonorização proporcionada pela qualidade do carro, aliado aquilo que me parece a olho nu um excelente coeficiente de penetração.
Utilizei sempre e desde os primeiros kilómetros o Cruise Control, que fixei nos 116 km/h.
No final da viagem de ida tinha uma média de consumo de 5,3 lts/100km. Foram variadíssimas as circunstancias em que consegui rolar com o carro em recta ou ligeiramente a descer, só com o motor eléctrico a fazer propulsão.
Tendo em conta que a A3 é muito irregular em termos de subidas íngremes e descidas acentuadas, o carro passou por situações em que tinha que aplicar toda a força para manter a velocidade ditada pelo Cruise Control, e outras alturas (que representam alguns kilómetros no final de uma viagem como esta) em consumo 0 (zero), com a mais valia de que nestas alturas as baterias são automaticamente carregadas.
Finalizada a A3, chega a altura de lembrar que a VIA VERDE não se aplicava neste caso, e que havia que parar na portagem para entregar o ticket e pagar. Depois de cerca de 100 km de “boa vida”, pernas recolhidas e postura descontraída, à que voltar ao “mundo real”, “escolher” o pé para travar e esquecer que as reduções de caixa “á campeão” não se aplicam neste caso!. Tudo correu bem, e nem a “portageira” ficou indiferente á silhueta do PRIUS, deitando um olhar de soslaio lá do alto da guarita.
(Continua)
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Edited by: nunoturbo at: 12/1/06 11:10