Um artigo publicado na página da Deco dia 15 de Fevereiro:
"Toyota GT86: armado em carro de corrida"
"O Toyota GT86 é ágil, seguro e muito divertido de conduzir. Fomos espremer tudo o que este automóvel tem para dar. A suspensão e a visibilidade são os pontos críticos."
A Toyota dá um novo e atrevido rosto ao fator diversão ao volante. Com um design dinâmico, o Toyota GT86 2.0 é alimentado por um motor 2.0 boxer de 200 cavalos de potência.
Desenvolvido em parceria com a Subaru, o Toyota GT86 é ágil e seguro. Impressiona pelo comportamento em estrada e pela qualidade da direção. Em média, medimos um consumo de 7,8 litros aos 100 quilómetros. Esqueça as curvas pela cidade, pois aqui a média dispara para 10,6 litros aos 100 quilómetros.
O interior é 100% desportivo com um grande conta-rotações e o desenho dos bancos a fazer-se notar. Tudo combinado, o novo desportivo compacto da marca nipónica custa desde 39 780 euros. Nós testámos porque o consumidor merece conhecer o desempenho destes modelos e o saber ainda não paga imposto.
Pontos fortes e fracos
+ Bom desempenho
+ Comportamento ágil na estrada e muito seguro
+ Bancos desportivos à frente confortáveis
+ Direção excelente
- Falta de visibilidade
- Entrada e saída no habitáculo pouco práticas
- Suspensão dura
- Distância de travagem demasiado longa
Entrar e sair, que desafio
Com um excelente apoio lateral nas curvas rápidas, os bancos dianteiros desportivos impressionam. A altura do banco do condutor pode ser regulada com muita generosidade. Para descolar, basta carregar no botão start e de imediato ouve o rosnar típico destes motores.
O GT86 traz uma caixa manual de 6 velocidades ou como opção uma caixa automática com comando por patilhas no volante. Simples e clássico, lá dentro não há vaidades. Tudo está no sítio certo. O botão de ignição dá nas vistas e os plásticos são duros.
A qualidade de construção satisfaz. Os indicadores no painel exibem um bom contraste e são fáceis de ler. A alavanca para abrir a tampa do depósito é fácil de aceder. Com o depósito de 50 litros atestado, o Toyota GT86 garantiu-nos uma autonomia de 640 quilómetros.
As operações são intuitivas e rápidas. O volante pode ser regulado em altura e profundidade. Os pedais estão bem colocados. Apertar o cinto de segurança é uma tarefa exigente. Dentro do Toyota GT86 à frente há espaço suficiente para ocupantes até 1,86 m de altura. Atrás não recomendamos utilizar os bancos para longas viagens. As pernas dos utilizadores com mais de 1,56 m sofrem e muito.
No capítulo da visibilidade, o Toyota GT86 está uns pontos abaixo da concorrência. A visão traseira é pobre, o que dificulta as manobras na hora de recuar. Os obstáculos muito perto do carro são difíceis de detetar.
Os bancos longos e baixos dificultam a entrada e a saída. Mas é tudo uma questão de tempo até dominar o jogo de pernas. O risco de dar umas valentes cabeçadas é real. Com pouco espaço atrás, o acesso aos bancos é um ponto fraco. Prepare-se para uma prova de esforço. Para um desportivo, a capacidade da bagageira surpreende.
Potência com conta, peso e medida
O motor de quatro cilindros opostos é honesto, previsível e deixa-se moldar pelo acelerador. O motor proporciona um bom desempenho. Quanto mais elevada a rotação, mais impressionante o comportamento da fera. O Toyota GT86 precisa apenas de 4,9 segundos nas recuperações dos 60 aos 100 km/h.
Com uma caixa precisa, a mudança faz-se suavemente. Muito estável, a direção é precisa e fácil de controlar. O carro amortece bem os movimentos do corpo, durante a aceleração e travagem em curvas rápidas.
Tudo se passa com equilíbrio e simplicidade de movimentos. Os pneus absorvem sem sobressaltos as irregularidades que fazem alguns dos rivais levantar as rodas do chão.
Os travões proporcionam uma boa resposta, mas a distância de travagem do Toyota GT86 é muito longa. A 100 km/h, precisa de 40 metros até ficar totalmente imobilizado.
Entre os principais rivais do Toyota GT86, destacamos o Audi TT e o Peugeot RCZ. O custo por quilómetro ajuda a desempatar.