De regresso a casa, depois de ter saído de carro de manhã, passado em dois locais para ver mais duas máquinas (sorte grande e terminação) muito diferentes: Toyota Crown MS55 e Honda S800, apanhei o avião, de seguida o táxi e por fim o comboio. Os últimos 700m foram a pé.
Durante a viagem de comboio que durou umas 2.37h, tive tempo para recordar as ultimas horas que, não fosse ter relógio com calendário, teria pensado que estivera uma semana na Ilha, tal foi a intensidade da estadia.
As primeiras horas foram sem parar, do aeroporto a casa do Sandro para "levantar" o diabólico KP61 e deixar em casa para estar pronto no dia seguinte. Ainda tive tempo para apreciar os outros clássicos que costumam dormir com o KP. Apenas mais um Japonês (AE86), upgrade prometido para a próxima visita (e que up grade - só quem o viu a passar na Taberna da Poncha é que sabe), um Renault 5 Maxi turbo e um Capri 1600 rallye de uma série muito limitada. Dava gosto ver os capot's abertos e ver a limpeza e perceber podíamos comer em cima de qualquer componente (não podíamos pois íamos sujar). O brio do Sandro é de sublinhar!
Seguimos para a mercearia do André onde o calendário vigente é de 1946! Descobri que o dia 26 de Novembro desse ano foi numa 3ª feira:)
Obrigatório beber uma poncha, esta de tangerina. Tremoços e amendoins para acompanhar.
Já mais quentinhos seguimos para a espetada. Adorei as papas de milho cru em que o Janpas fez o favor de me iniciar. A carninha estava boa e a conversa com os meus parceiros do lado direito foi animada e agradável. Tratava-se do casal "Jersey" que acabaram por ser os meus "convidados" dentro do KP durante todo o domingo.
A conversa estava boa mas ainda tínhamos que parar num outro local típico e as horas não param e dali a muito pouco tempo já haveríamos de estar no Tecnopolo.
Tão depressa estávamos à mesa como já nos sentávamos noutra mesa mas agora no Farol Verde para apreciar a melhor Nikita do mundo e arredores. Tão boa que, aparentemente a noite terá acabado ali para mim

Realmente Boa!!!
Rumamos às camas que nos acolheram um bocadinho pois o "dever" chamou-nos às 7.30h. O percurso até ao Tecnopolo foi para me acostumar à "montada". Duro mas com alma! Exigente mas com muito para dar! Os 25€ de combustível chegaram mas foi no limite. Não vi quantos Km fiz e por isso não sei a média. Mas como diz o Richard, "Gasolina nos Clássicos é religião: não se discute!!!"
Montamos o estaminé e esperamos os convivas. Foram chegando aos poucos até que a determinada altura parecia que cresciam como cogumelos. Eram tantos e alguns tão barulhentos que era impossível não sermos vistos e ouvidos. E assim foi, provocando engarrafamentos no percurso, que seguimos para a Ribeira Brava. Paragem técnica na Pastelaria Vista Alegre para calar o estômago. Mais à frente havíamos de voltar a parar para o "aperitivo": Poncha pois está claro!!! A estrada escolhida era a antiga. Evitamos os enfadonhos túneis (escuros e sem paisagem) sempre que pudemos. A estrada que nos levaria a S. Vicente (ainda antes do túnel que atravessa para Norte) faz lembrar alguns troços de estradas dos Alpes Suíços. Já do lado Norte, em S. Vicente, a temperatura desceu um pouco e o Sol teimava em se esconder mas acabou por nos vir fazer companhia. A estrada até Porto Moniz é das mais interessantes que conheço. A estrada!!! Não os túneis!!! Pena que a tenham desistido de manter e se tenha tornado perigosa pelas derrocadas iminentes. Porto Moniz lá estava. Esperava por nós de braços abertos e na paz. Paz essa que nós fizemos o favor de terminar com os escapes, o chiar dos pneus e com as conversas animadíssimas. Estávamos todos. Era o momento de tirar a foto de família. E que família! Não para de crescer! Tive o prazer de conhecer o membro mais novo que, mesmo tendo-lhe pegado ao colo, a maior emoção foi um pequeno sorriso mas...sempre de olhos fechados. Belo sonho devia ser!
O Almoço foi num espaço muito bonito. A sala fica por cima do mar e quem teve o privilégio de se sentar à janela poderia pensar que estava a bordo de um navio. A comida muito bem confeccionada (pelo menos o peixe que foi o que comi) e farta. As festas de aniversário foram também muito animadas.
Tempo para deitar o olho ao último exemplar do AJAsun que desta vez dedica 4 páginas inteiras aos dois últimos encontros da Madeira.
O almoço chegava ao fim e cada um regressava a sua casa. Como eu não tenho casa na Madeira, fui para outras casas

A primeira foi a garagem de um recem Amigo que adquiriu o 1º JA e ficou fã. A garagem tem outras marcas europeias, de muito valor e todos muito bem estimados. Foi a 1ª vez que vi um Facel Vega ao vivo
O seu próximo projecto é ainda mais interessante e inclui um JA dos anos 70 com motor sem valvulas

Vou acompanhar com entusiasmo!
Ainda antes de ir descansar, devolvemos o KP ao Sandro com a promessa de lá voltar de carro e de regresso trazer uma maquinão! A ver vamos!!!
Tenho que agradecer a quem tornou esta viagem muito agradavel. Valeu a pena e....eu vou voltar à ilha
