Honda NSR 50 de 1990

[Bimmer]

Caros amigos,

Em 1990, e com 16 anos de Idade, consegui ter a minha mota de sonho, a Honda NSR 50, com a qual fiz cerca de 37 mil quilómetros durante uns 2 anos. Desde essa altura, a mota esteve guardada na garagem, até que à cerca de 4 meses decidi que estava na altura de ressuscitar a minha saudosa NSR 50.
Considerando que a ultima vez que tinha colocado o motor a trabalhar tinha sido à 8 anos atrás, seria de esperar a necessidade de trabalhos extra para ouvir novamente o trabalhar desta máquina. O que encontrei foi a unidade CDI que apanhou humidade, e deixou de fornecer faisca para a vela, e o carburador entupido. Depois de resolver estas questões, pegou logo à 2ª.
Actualmente ainda falta reparar algumas coisas, mas já dá para ver o brilho que tinha quando era nova.
Deixo aqui algumas fotos do antes e depois.
Espero que gostem. 

[Kaizen]

Bom trabalho, ficou com aspecto de quem quer fazer mais 37.000kms. 

[Bimmer]

Obrigado. Inicialmente não tinha intenção de chegar tão longe, mas à medida que fui avançando, os níveis de exigência foram aumentando, e provavelmente ainda não pararam de crescer. Ainda não terminei o restauro, já que ainda faltam algumas peças.

Para quem gosta de fotos, deixo aqui o atalho para o flickr.com onde poderão ver 35 fotos recolhidas ao longo do restauro.

http://www.flickr.com/photos/65912760@N08/

Se preferirem ver o Vídeo no YouTube, deixo também aqui o atalho para o mesmo.

Honda NSR 50 (Restauro)

Espero que gostem.

Cumprimentos

[Santos Silva]

Belíssimo trabalho!!!

[blardY]

Muito bom mesmo, os meus parabéns   

[Earthp]

Parabéns, ficou fantástica

[FC]

bom trabalho

[metralha328]

Esta sim é uma NSR 50!!! A semi-carenada!!! E em azul! Belíssima!!!

Deixo um desafio: Para quando um comparativo/picanço Honda NSR 50 vs Yamaha RZ 50?   

[Kaizen]

Mas numa das fotos do "antigamente" aparece com a carenagem inferior!

[Bimmer]

Se repararem, em algumas das fotos sobre o restauro, essa carenagem inferior ainda existe e já está pintada. Mas ainda faltam umas pequenas tampas semi transparentes, por isso ainda não a coloquei, até porque impede o acesso ao motor. De qualquer forma, assim que a mota estiver totalmente pronta, irei fazer um 2º vídeo com tudo no sítio.

Devo esclarecer que aquela carenagem inferior, era uma espécie de acessório "extra" da época, e exclusivo das hondas NSR 50, de forma a torna-la esteticamente parecida com a honda CBR 600. O fabricante deste acessório, era a "Puig".
Embora não seja uma peça original da Honda, considerando o sucesso que teve naquela época, e tendo em conta que quando a comprei vinha já com essa carnagem inferior (depois de pagar mais 25 contos), achei que o restauro final deveria incluir esta carnagem inferior, à qual Nós chamávamos na altura de "Bico da carnagem". 

Relativamente ao Picanço entre a Honda NSR e a Yamaha RZ, estas eram na altura as verdadeiras rivais entre si. Ambas eram 2 das melhores motorizadas que existiam na época. Pela minha experiência, a Yamaha RZ era mais rápida nas subidas, enquanto que nas descidas a Honda levava a melhor. Em estrada plana, por incrível que pareça, o andamento da RZ e da NSR era exactamente igual, quer no arranque quer em velocidade máxima. Testei estas particularidades por várias vezes e com várias RZ'z diferentes, o que também aconteceu com as Yamahas DT LC. De qualquer forma, sei que estas questões não são consensuais, o que só trás algum prazer à discussão deste velho assunto, do qual julgo que todos nós gostamos de falar. Terei todo o gosto em ouvir opiniões sobre esta questão.     

[Kaizen]

Ora cá vai uma opinião então:

Quero ver o diferencial de peso entre a última vez que andaram nas v\ motas à época e agora! 

Não vale a pena atirarem as culpas para as motas 

[Bimmer]

Aqui está uma boa questão. No Inicio dos anos 90 era muito magro, pois pesava apenas 54 Kg. Agora peso 68 Kg, o que é uma diferença considerável para uma mota de 50 Cm3.

De qualquer forma, actualmente não é justo fazer qualquer picanço com uma RZ 50, pois em meados de 1991, mandei alterar a cilindrada da minha NSR para 65 Cm3, assim como o numero de dentes da cremalheira e do pinhão, o que se mantém até hoje. Num bom dia, ela atinge os 130 Km/h a descer, e cerca de 120 Km/h em plano. Curiosamente, quando a minha NSR transportava 2 pessoas, ela tinha exactamente a mesma rapidez até aos 80Km/h que uma NSR 50 (normal). Esta "vantagem" de ter o motor alterado, acabou por ser também uma desvantagem, pois quando saía com outros amigos em Dt's LC e RZ's, eu era sempre o escolhido para transportar outro amigo que não tinha mota. Mesmo assim, foram belos tempos.

Devo confessar que tenho também uma BMW K1 de 1993(desculpem-me por não ser Japonesa), e posso afirmar que andar na minha velhinha honda NSR, dá-me uma boa dose de prazer que BMW ou outra mota com 1000 Cm3 não pode. A sensação de andar a 100 Km/h na NSR, é muito mais intensa do que numa 1000. Penso que isto se deve ao facto de saber que estou a chegar ao limite da máquina, e é precisamente isso que nos transmite a sensação de prazer por estar a fazer algo relativamente difícil. No fundo, este será o mesmo princípio aplicável aos magníficos honda 800 S, e que um dia irei ter um.  

[Kaizen]

Acho que caíste na armadilha 

O espírito das 50cc´s é a de que a que tiver mais 1km\h de ponta é a chefe de fila 

Mas por comparativo, era mesmo comparar as duas lado a lado e aprecia-las  Eu acredito que o Vítor (Metralha328) até já estava a magicar escrever um artigo sobre estas duas para o jornal do AJA o AJA-sun 

[metralha328]

Aqui está uma boa questão. No Inicio dos anos 90 era muito magro, pois pesava apenas 54 Kg. Agora peso 68 Kg, o que é uma diferença considerável para uma mota de 50 Cm3.

Bem, esta afirmação só por sim explica o porquê a minha RZ andar consideravelmente menos... 

Quero ver o diferencial de peso entre a última vez que andaram nas v\ motas à época e agora! 
Não vale a pena atirarem as culpas para as motas 

Posso dizer que, na minha primeira RZ andava com pendura à vontade, agora caibo eu no banco e pouco mais...

Mas numa das fotos do "antigamente" aparece com a carenagem inferior!

Original é assim sem o "bico de pato".

De qualquer forma, actualmente não é justo fazer qualquer picanço com uma RZ 50, pois em meados de 1991, mandei alterar a cilindrada da minha NSR para 65 Cm3, assim como o número de dentes da cremalheira e do pinhão, o que se mantém até hoje. Num bom dia, ela atinge os 130 Km/h a descer, e cerca de 120 Km/h em plano.

Pois... com a minha de origem não vale a pena... mas garanto-te que a RZ a 62,5 cm3 "papa" a tua sem espinhas (ahhhh bons tempos de juventude...).

Acho que caíste na armadilha 
O espírito das 50cc´s é a de que a que tiver mais 1km\h de ponta é a chefe de fila 
Mas por comparativo, era mesmo comparar as duas lado a lado e aprecia-las  Eu acredito que o Vítor (Metralha328) até já estava a magicar escrever um artigo sobre estas duas para o jornal do AJA o AJA-sun 

Fui desmascarado... 

[Bimmer]

Não tenho duvidas que a Yamaha RZ foi revolucionária para a época, até porque foi lançada bem antes da NSR.
Naquela altura, só não optei pela RZ devido às limitações com o pendura, o que embora fosse possível, a suspensão acusava logo o excesso de peso em estradas mais acidentadas.

Em relação ao "kitar" o motor para 65 Cm3, ou melhor, para 62,5 Cm3 como disse o caríssimo Metralha , e apenas para continuar a velha discussão entre o andamento da RZ e da NSR,  uma das grandes limitações da Yamaha RZ era o tipo de cremalheira usada na roda traseira, pois era bastante difícil de arranjar estas com menos dentes que a original, o que complicava o aproveitamento do aumento da cilindrada.
No entanto,a cremalheira das RZ's era bastante original. Não me lembro de ver outra motorizada que se conseguisse retirar a roda traseira sem sequer tocar na corrente.

Para mim, uma das melhores características da RZ, era a nota sonora do escape(sem o silenciador claro). Conseguia-se ouvir um barulho predominante do tipo "BOOOooooo", mas que terminava na traseira do escape com um "EEEEEEEEEEEE". Ainda hoje acho que é o melhor ruído de escape que alguma 50 já fez até aos dias de hoje.

Ainda não desisti de ter uma RZ. O problema é falta de espaço para guarda-la. Já pensei em fazer uma espécie de elevador na garagem, pois assim só tinha que elevar a mota no ar, estacionando o capot do carro por baixo.